O estorvo do compadre
O estorvo do compadre, se sentia muito esperto em enganar o amigo, mais o que ele não esperava era ser enganado pelo amigo.
Dois compadres se reencontraram depois de muitos anos distanciados.
Um deles disse ao outro ter conseguiu prosperar na vida, já o outro levava uma vida simples em seu pequeno sítio de onde raramente saia.
Oi, amigo compadre, o que tem feito nestes anos todo de sumiço.
Nem queira saber compadre viajei o mundo todo além de muito trabalhar.
Mais como e isso compadre tuas viagens foi a trabalho.
Não compadre foi a passeio mesmo, mais e o trabalho.
Vai muito bem, respondeu o compadre.
Meio confuso e desconfiado que o amigo estava lhe gozando, resolveu fazer uma nova pergunta.
O compadre deve estar muito cansado.
Por demais compadre, por demais, tento que resolvi tirar umas férias, aqui no sítio com o amigo.
Seja bem-vindo compadre, seja bem-vindo.
Que raio de trabalho e esse que o compadre vive viajando e viaja a passeio, mais quando ele trabalha.
Algo está errado nesta história.
O tempo foi passando e o compadre só descansando, não fazia nada, não ajudava em nada, comia, bebia e dormia e como dormia.
Muito contrariado ia ficando o compadre sitiante a ver que o suposto amigo com sua sem-vergonha comia, bebia e dormia e ainda dinheiro pedia para sua cervejinha que era diariamente.
Como desculpas para tal necessidade alegava que o dinheiro para suas despesas diárias não tardaria a chegar, seria depositado no exterior e que já era para estar na sua conta, mais por motivo de distância ainda não havia chegado.
Mais compadre como você sabe que ainda não chegou se você não sai da cama a não ser para o necessário.
O compadre foi até o quarto e veio de la com um telefone celular muito antigo em uma das mãos.
Esta, vendo compadre isto aqui e um telefone da última geração e graças a ele fico sabendo o que acontece no mundo via internet e por ele que aceso minhas contas bancarias para saber meu saldo.
O compadre sitiante logo se em tereso e quis saber, compadre que trem e esse, mostra como funciona.
Eu gostaria muito compadre mais no momento ele está com a bateria fraca usei muito ontem visitando minhas contas e me esqueci de colocar para carregar, se o compadre permitir vou usar um pouco de sua energia para carregá-lo.
Claro compadre, fique à vontade.
Este cara está de sacanagem para comigo, deve me achar muito ignorante por morar aqui no meio da natureza, por não ter uma televisão e nem ligar muito para meu rádio.
Não reconheço mais o amigo, muito mudado, não sei dos caminhos que ele tomou em sua vida, mais algo me diz que sua história de vida não e de se orgulhar.
Darei mais corda a ele que por si mesmo vai se enforcar.
Os dias foram passando e o compadre malandro, o amigo, foi cozinhando com seu blá, blá, blá.
Crente que enganava o amigo.
Foi-se um mês de boa vida a custa do amigo, de desculpas em desculpas o compadre malandro se sentia o massimo por enganar o amigo.
Mais o amigo na sua simplicidade também tinha consigo um pouco de esperteza e resolveu usar contra o amigo.
Amigo compadre conhece um jogo, chamado enganei o amigo.
Não nunca ouvi falar deste jogo, desconheço compadre, como se faz para jogar.
O compadre quer mesmo aprender, se o compadre ensinar sim.
Pois este jogo requer do amigo prestar muita atenção.
Quatro folhas de papel em branco e uma caneta de tinta azul, em três se escreve o nome do jogo que e: enganei o amigo.
Vai compadre pode escrever.
O malandrado compadre em sua cabeça matutava, que raio de jogo e esse que começa sem sentido algum, mais a curiosidade era grande e o ego ainda maior, não passou por sua cabeça que o amigo tão fácil de enganar tivesse cabeça também para enganar.
Pronto compadre e agora o que fazer.
Atrás das duas folhas você fará um pedido, um pedido para cada folha.
Mais o que devo pedir compadre.
O que deseja ganhar com o azar do amigo, lhe perguntou.
Compadre e para valer o pedido.
Depende do jogo compadre da vontade do amigo, mais como ainda não conhece o jogo não devemos fazer valer o pedido.
Porem o malandro do compadre pensou em si, dar bem sobre o amigo que achava tão ingênuo.
Pronto o pedido está frito, restaram duas folhas, o que faço com elas quis saber o esperto.
Em uma delas concordo com o jogo e o pedido do amigo, efetuo por escrito e a baixo eu assino.
A outra folha pertence ao amigo que deve ou não assinar se não assinar e ganhar eu não preciso pagar, mas assinando esta folha o amigo entra no jogo e se está jogando seus pedidos são de valia e tem como garantia a folha assinada por mim.
Mais como o amigo tem duas ainda pode fazer valer o segundo pedido, se o amigo reforçar além da assinatura um documento apresentar estas são as formalidades para este jogo jogar.
Se o amigo entendeu basta o papel assinar mais se o nome não for verdadeiro e o documento também o que se ganha se perde e não pode contestar.
O esperto caiu na conversa do suposto amigo bobo.
O amigo malandro, confiante em si, dar bem, topou logo o jogo mesmo sem nada entender e colocou seu nome na folha de pepel em branco e ainda por sima com um documento abonou.
E agora quis saber o amigo, agora primeiramente trocamos nossas folhas, eu lhe passo a minha como garantia e você me passa a tua com a assinatura, a outra do pedido fica com você eu não preciso saber.
O amigo malandro assim o fez entregou ao amigo uma folha em branco som sua assinatura e número do documento e indagou do amigo e agora como jogamos.
Qual e o nome do jogo o sitiante perguntou ao amigo que lhe respondeu enganei o amigo.
Se lembra das regras do jogo, sim, seguiu dia cordo com as regras do jogo, sim, a assinatura e o documento são reais, respondeu o malandro, sim.
Então acabou o jogo e eu enganei o amigo.
Mais como assim tenho a sua assinatura comigo e posso fazer valer, sim, se meu nome constasse aí, já aqui sei que tudo está correto, se sente muito esperto, pois foi enganado por mim.
Compadre que amigo tu eis fazendo este jogo sujo comigo.
Compadre nada fiz a não ser lhe dar o troco e com tua assinatura me garantir, e para finalizar o jogo ais o que quero de ti:
Junte tudo que for teu e se ponha fora daqui, por ser teu amigo nada vou lhe cobrar pelo tempo que está aqui, pois com asse papel assinado por ti eu podia complicar tua vida, preencher com os valores que quisesse e negociar tua dívida comigo com um agiota qualquer.
Porem não lhe quero mal só que daqui para frente quero distância de ti, um falso amigo que recebi de coração e comigo aprontou não merece minha consideração.
Mais amigo não tenho para onde ir.
Faça mais uma das tuas viagens já descansou bastante por aqui.
Vai para a lua, quem sabe marte, vai pó quinto dos infernos mais si, manda daqui.
E assim o simples sitiante que acolheu seu compadre e velho amigo consegui se livrar do estorvo que se tornou o amigo.
JORGE SOARES
Sumario