
Uns lutam pela vida – outros desejam a morte, a motivação de cada um em suas escolhas e fruto dos tormentos de suas vidas.
No teatro incerto que a existência encena,
há quem agarre a vida como chama que arde,
quem desafie a dor, quem resista à pena,
e quem veja na sombra o fim de sua tarde.
Uns têm a esperança como pão e abrigo,
mesmo em desertos que queimam o chão,
outros carregam um peso antigo,
um vazio que ecoa no coração.
O mesmo céu que guarda estrelas e escuro
oferece destinos que não se tocam,
há sorrisos em meio ao muro,
e lágrimas que, em silêncio, desbocam.
Não há resposta para tão profundo dilema,
é o grito da alma que o tempo consome,
uns escrevem na vida o mais belo poema,
outros, na morte, buscam seu nome.
Que o abraço da vida encontre quem sofre,
que a luz penetre o mais denso véu,
e que cada chama, mesmo breve, se ofereça
como um pedaço de céu.
Vida e morte, dois caminhos que se cruzam.
Nas curvas incertas do tempo infinito,
vida e morte dançam num ritmo exato,
um passo adiante, o outro restrito,
ecos de um destino que sempre é contrato.
A vida desperta, broto que insiste,
no ventre do mundo, seu grito se eleva,
a morte observa, paciente e triste,
guardando o fim que nunca releva.
Não são opostos, mas lados da estrada,
um canto de luz, o outro de bruma,
a vida constrói a jornada sagrada,
a morte desfaz, como onda na espuma.
Entre os dois, um fio que pulsa e une,
a memória que fica, o amor que perdura,
pois mesmo no fim, a vida assume
que o que floresce jamais se apura.
Vida e morte, laços que se entrelaçam,
no breve existir que em nós se revela,
uma promessa em seus passos se traçam:
na morte, a vida segue, eterna e bela.
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